domingo, 9 de dezembro de 2012




Todos somos, em algum momento, carentes de pequenas doses de passado. 






Não herdamos somente a cor dos olhos ou o terreno na praia. Herdamos jeitos e trejeitos, modos de pensar e destinos. Podemos nos desligar geograficamente das nossas raízes e até negá-las, mas não podemos jamais arrancá-las. Somos um palimpsesto onde a história dos nossos antepassados se reescreve.




Minha saudade te manda recados. Talvez se afogue, noite dessas, numa taça de vinho tinto ou ultrapasse o sinal vermelho na avenida mais movimentada da cidade. Minha saudade não quer mais viver na poesia, quer morrer nos braços do poeta.





Apagaram-se as estrelas que eu tinha nos olhos quando te via; secou o mar azul que me banhava a cada vez que eu pensava em ti. Hoje, não és sequer o esboço de um poema maculando um papel em branco!




Algumas pessoas nos ensinam; outras nos fazem desaprender todas as flexões do verbo amar...



Dizer adeus é atirar-se de um penhasco e não morrer...
Aíla Sampaio



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